Estudos do sono realizados a uma altitude diferente da altitude do local onde se vive podem produzir resultados enganosos quanto à gravidade da apneia obstrutiva do sono (AOS). O objetivo do presente estudo foi determinar as características do sono de um paciente submetido a polissonografia (PSG) em três cidades colombianas a diferentes altitudes [Bogotá, a 2.640 m acima do nível do mar (ANM); Bucaramanga, a 959 m ANM e Santa Marta, a 15 m ANM]. O paciente era um homem obeso com diabetes e suspeita de AOS. Os dados obtidos receberam pontuação e foram interpretados de acordo com os critérios da American Academy of Sleep Medicine. Em Bogotá, a PSG revelou AOS moderada [índice de apneias e hipopneias (IAH) = 21 eventos/h]; em Bucaramanga, a PSG revelou aumento da resistência das vias aéreas superiores (IAH = 2 eventos/h); em Santa Marta, a PSG revelou AOS leve (IAH = 7 eventos/h). A redução do IAH foi predominantemente uma redução de hipopneias e apneias obstrutivas. Os eventos respiratórios tiveram menor duração na cidade a uma altitude intermediária. Como houve grande diferença entre as cidades quanto ao IAH, pode-se concluir que o paciente é normal ou apresenta AOS moderada dependendo da cidade onde está. As apneias centrais não influenciaram o IAH.