[pt] CONDIÇÕES DE MORADIA E RISCO: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE TÉCNICOS E MORADORES DA PERIFERIA DE JUIZ DE FORA
[en] RESIDENCE AND RISK CONDITIONS: SOCIAL REPRESENTATION OF TECHNICIAN AND RESIDENTS FROM THE OUTSKIRTS OF JUIZ DE FORA
Description
[pt] O objetivo central é identificar as representações que moradores da periferia de Juiz de Fora em condições de risco e de vulnerabilidade e, técnicos do Departamento de Defesa Civil do Município, vêm construindo sobre risco e vulnerabilidade, tentando apreender como essas representações circulam entre os dois grupos. Parte-se da observação empírica que há construções e práticas diferentes: os moradores não seguem as orientações dos técnicos na prevenção de calamidades e na preservação da vida. Fatores como a desigualdade social e a não efetividade das políticas sociais, dentre elas a política de habitação, agravam ainda mais as condições de risco e de vulnerabilidade em que vivem amplos segmentos da população e, a Defesa Civil aparece como política emergencial residual destinada a atender a essa população. Adotou-se a perspectiva das representações sociais, e, a abordagem qualitativa para a escuta dos sujeitos, através de entrevistas semi-estruturadas. Os resultados indicam, a partir do confronto dos discursos, que as representações do risco vêm sendo construídas num processo dialético de afirmação e negação do fenômeno. Aspectos valorativos interferem nessa construção. Para os técnicos, sair do risco é garantir a vida e, para a população, a vulnerabilidade, ou seja, a necessidade de sobrevivência se sobrepõe à existência do risco.[en] The main objective of this study is to identify the representations that the residents of the outskirts of Juiz de Fora living in vulnerable and risk conditions and, technician of the Civil Defense Municipality Department, have been constructing about risk and vulnerability, trying to grasp how such representations constitute themselves between these two groups. According to empirical observations there are diferent representations and practices: the residents dont follow or obey the orientations given by the technicians on how to prevent calamities and how to preserve life. Factors like social inequality and the no effectiviness of social politics, among them the housing politic, makes the risk condition and vulnerability even worse for a large segment of the population and, the Civil Defense appears as a emergency politic adressed to serve this population. It has been adopted the perspective of social representations, and, the qualitative listening approach of the individuals, through semi-structured interviews. With the confrontation of the speeches, the results indicate, that the risk representation has been constructed in a dialect of affirmation of the phenomenon and refusal of it. Valuable aspects intervene in this construction. For the techinicians, to step out of the risk is to guarantee life and, for the population , the vulnerability, in other words, the necessity for survivel overlays the existence of the risk.