[pt] A POLÍTICA EXTERNA ISRAELENSE EM RELAÇÃO ÀS NEGOCIAÇÕES DE PAZ COM A ORGANIZAÇÃO PARA A LIBERTAÇÃO DA PALESTINA NOS ANOS NOVENTA
[en] ISRAELI FOREIGN POLICY IN THE NEGOTIATIONS WITH THE PALESTINE LIBERATION ORGANIZATION DURING THE 90
Descrição
[pt] O ponto central das preocupações analíticas desta dissertação trata-se de observar variáveis na esfera doméstica de Israel capazes de restringirem suas decisões na arena externa, no âmbito das negociações de paz com a Organização para a Libertação da Palestina. Sendo assim, a avaliação da estrutura política desse país permite verificar que a fórmula de representação proporcional e o modo pelo qual interagem o Executivo e o Legislativo podem afetar questões nessa área. Ademais, o exame dos distintos posicionamentos dos governos de Ytzhak Rabin e Shimon Peres, e de Benjamin Netanyahu, no que concerne à segurança de Israel, revela a polarização entre os favoráveis a um Estado de Israel, seguindo as demarcações das fronteiras internacionalmente aceitas, como garantia à segurança e à democracia israelenses, e os defensores da extensão da soberania a regiões que correspondem à Terra de Israel (o histórico lar nacional judaico). Essa discussão reflete a polêmica sobre os territórios ocupados por aquele país em decorrência da Guerra dos Seis Dias em 1967 e, nesse sentido, vale considerar em que medida os diferentes padrões de comportamento desses governos, fundamentados em uma cultura política, delinearam as escolhas para a área externa e para a segurança de Israel.[en] The focus of analysis in this dissertation is to observe those variables within Israel that can restrict the decisions on the external field, in the context of the peace negotiations with the Palestine Liberation Organization. In this light, the evaluation of the Israeli political structure indicates that proportional representation and the interaction between the executive and the legislative can affect its foreign policy. Besides, an examination of the different positions on Israel s security taken by the governments of Ytzhak Rabin and Shimon Peres and that of Benjamin Netanyahu reveals a polarization between those favorable to the State of Israel following the demarcations of internationally accepted frontiers as a guarantee of its security and democracy and the defenders of extending sovereignty over the places corresponding to the Land of Israel (the historical Jewish homeland). This discussion reflects the controversy about the territories occupied by that country as a result of the Six Day War in 1967 and, in this sense, it was also considered to what extent the different standards of behavior of those governments, founded on a certain political culture, underscored the choices on Israel s foreign policy and its security.