How do justice, history, and fiction engage in dialogue in Jorge Luis Borges' Avelino Arredondo? A contribution towards the intersection of law and literature
¿Cómo dialogan la justicia, la historia y la ficción en “Avelino Arredondo” de Jorge Luis Borges? Un aporte hacia el encuentro entre el derecho y la literatura;
Como a justiça, a história e a ficção dialogam em “Avelino Arredondo” de Jorge Luis Borges? Uma contribuição para o encontro entre o direito e a literatura
Descrição
In the short story ‘Avelino Arredondo’, Borges recounts a brief tale about the assassination of a president who, it seems, has not lived up to his office. The narrative focuses particularly on the meticulous and resolute preparations of the protagonist to commit this crime. He knows what he is doing and intends to do it: 'This act of justice belongs to me. Now, let them judge me.' Those are his final words. The anecdote also possesses the characteristic (very Borgesian) element of being based on a historical event: the assassination of Idiarte Borda, the president of the Oriental Republic of Uruguay, in 1897, by a young man named Avelino Arredondo. These characteristics allow for the study of the work through the potential dialogue between history, fiction (literature), and the concept of justice. To achieve this, the present work is organized into four sections. The first delves into Jorge Luis Borges' relationship with fiction and the history of 19th-century Uruguay. The second section focuses on Avelino, his personality, his context, the preparation of the assassination, and its connection to death. Subsequently, the homicide is analyzed specifically as an 'act of justice': Is the assassination of the 'traitorous' ruler justifiable? Does it, in this way, protect the common good? The final section provides some personal observations, all the while recognizing that studying Borges is always a challenge, even audacious.En el cuento “Avelino Arredondo”, Borges relata una breve historia acerca del homicidio de un presidente que, parece, no ha estado a la altura de la investidura. Se centra, especialmente, en la minuciosa y decidida preparación del protagonista para cometer dicho crimen. Sabe lo que hace y lo quiere hacer: “Este acto de justicia me pertenece. Ahora, que me juzguen”. Esas son sus palabras finales. La anécdota, además, posee como particularidad (muy borgeana) que parte de un hecho histórico: el asesinato de Idiarte Borda, presidente de la República Oriental del Uruguay, en 1897, por parte de un joven llamado Avelino Arredondo. Estas características permiten estudiar la obra a partir de la posibilidad dialógica entre la historia, la ficción (literatura) y la concepción de la justicia. Para ello, el presente trabajo se estructura en cuatro apartados. El primero parte de la relación de Jorge Luis Borges con la ficción y con la historia de Uruguay del siglo XIX. El segundo se centra en Avelino, su personalidad y su contexto, la preparación del homicidio y su vínculo con la muerte. A continuación se analiza, concretamente, el homicidio como “acto de justicia”: ¿es justificable el homicidio al gobernante “traidor”?, ¿se protege, así, el bien común? En el último apartado se ofrecen algunas apreciaciones personales, sin olvidar que estudiar a Borges siempre es un desafío, más aún, una osadía.
No conto “Avelino Arredondo”, Borges conta uma breve história sobre o homicídio de um presidente que, ao que parece, não esteve à altura da investidura. Centra-se, especialmente, na preparação meticulosa e determinada do protagonista para cometer o referido crime. Ele sabe o que está fazendo e quer fazer: “Este ato de justiça me pertence. Agora, deixe que eles me julguem." Essas são suas palavras finais. A anedota também tem como particularidade (bem borgesiana) que parte de um acontecimento histórico: o assassinato de Idiarte Borda, presidente da República Oriental do Uruguai, em 1897, por um jovem chamado Avelino Arredondo. Essas características permitem estudar a obra a partir da possibilidade dialógica entre a história, a ficção (literatura) e a concepção de justiça. Para isso, o presente trabalho está estruturado em quatro seções. A primeira parte da relação de Jorge Luis Borges com a ficção e com a história do Uruguai no século XIX. A segunda se enfoca em Avelino, sua personalidade e seu contexto, a preparação do homicídio e seu vínculo com a morte. A seguir, analisa-se especificamente o homicídio como "ato de justiça": o homicídio do governante "traidor" é justificável? Protege-se, assim, o bem comum? Na última seção são oferecidas algumas apreciações pessoais, sem esquecer que estudar Borges é sempre um desafio, além de uma ousadia.