O artigo procura tensionar narrativas teóricas relevantes para a formação de de um discurso de paz negativa en América del Sur. Metodologicamente, discute de forma crítica a maneira como algumas epistemologias, especialmente da Escola Inglesa e Liberal Institucionalista, focam o tema da construção da paz negativa na América do Sul ao mesmo tempo que se apresentam as tensões, contradições e principais contribuições dessas epistemologias. A seguir, as narrativas discutidas são contrastadas com desenvolvimentos empíricos na região relacionados com o tema da paz negativa. Entre os achados mais importante se enfatiza que as narrativas tradicionais sobre a paz negativa não prestam atenção a pesquisas empíricas sobre violência políticosocial doméstica na América do Sul, sendo muito orientadas, tais perspectivas, para uma noção de paz que privilegia ainda uma visão interestatal da sociedade internacional sulamericana; em segundo lugar, as narrativas tradicionais sobre paz na América do Sul são também tencionadas quando se atenta para a nem sempre diferenciação de políticas de segurança e defesa na região. Finalmente, ao examinar alguns índices internacionais sobre violência e políticas públicas em estados sulamericanos percebese uma ambivalência conceitual porque ao mesmo tempo que as narrativas tradicionais fazem uma contribuição importante quando resgatam, analiticamente e empiricamente, a sociologia histórica, de outro lado, excluem uma reflexão sobre o impacto da violência social na formação de um “Estado forte” e no efeito transnacional da violência de grupos não estatais violentos.