Apropiaciones y resignificaciones de las “culturas negras”: la práctica del candombe afrouruguayo en sectores juveniles blancos de Buenos Aires (Argentina)
Apropriações e ressignificações das “culturas negras”: a prática do candomblé afro-uruguaiano em setores juvenis brancos de Buenos Aires (Argentina)
Description
O artigo analisa a expansão de uma manifestação cultural afro-uruguaiana, o candomblé, na Argentina, um país que tem sido historicamente considerado como “branco-europeu”. O candomblé de origem uruguaiana foi primeiramente herança dos imigrantes afro-uruguaianos em Buenos Aires; posteriormente ultrapassou a comunidade migrante que introduziu, foi ensinado e transmitido para diversos setores sociais, e hoje faz parte da cultura jovem de cada vez mais cidades do país. Este trabalho se concentra em suas apropriações e ressignificações por parte de jovens de setores médios e socialmente brancos e tem como objetivo contribuir para a problematização de processos ―escassamente estudados― relacionados com a implantação de “cultura negra” para além de grupos sociais negros, apontando para intersecções entre perspectivas teóricas relativas ao campo de estudos afro-latino-americanos, culturas juvenis e novos movimentos sociais. O texto mostra como é que culturas afroamericanas, longe de serem ativos congelados, estão em permanente construção de significados e sentidos de interpelação variados, às vezes muito além das populações que lhes deram origem.El artículo analiza la expansión de una manifestación cultural afrouruguaya, el candombe, en Argentina, un país que históricamente se ha pensado como “blanco-europeo”. El candombe de origen uruguayo fue primero patrimonio de los inmigrantes afrouruguayos en Buenos Aires; posteriormente, trascendió la comunidad migrante que lo introdujo, fue enseñado y transmitido a distintos sectores sociales, y en la actualidad es parte de la cultura juvenil de cada vez más ciudades del país. Este trabajo se focaliza en sus apropiaciones y resignificaciones por parte de jóvenes de sectores medios y socialmente blancos, y aspira a contribuir a la problematización de procesos -escasamente estudiados-relacionados con el despliegue de “cultura negra” más allá de colectivos socialmente negros, señalando intersecciones entre perspectivas teóricas relativas al campo de los estudios afrolatinoamericanos, las culturas juveniles y los nuevos movimientos sociales. El texto muestra cómo las culturas afroamericanas, lejos de constituir patrimonios congelados, se encuentran en permanente construcción de significados y sentidos de interpelación diversos, en ocasiones mucho más allá de las poblaciones que las originaron.