Controle de emissões evaporativas durante reabastecimentos:um estudo para o Brasil
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Mundialmente, os níveis das emissões gasosas por veículos movidos a motores de combustão interna têm diminuído consideravelmente. Porém, esta forma de emissão não é a única fonte de poluição atmosférica causada por veículos; há também as emissões evaporativas de combustíveis, bem mais discretas, mas nem por isso menos danosas. Tanto na rede de distribuição de derivados de petróleo como nos automóveis em si, sistemas de controle das emissões evaporativas dos combustíveis continuam desempenhando papel secundário no contínuo trabalho de tornar os automóveis menos impactantes ao meio-ambiente. Embora praticamente invisível aos olhos humanos, a emissão de Compostos Orgânicos Voláteis (COVs) contribui para a formação de ozônio na baixa atmosfera, além de afetar a saúde de frentistas e demais pessoas que manuseiam combustíveis com muita frequência. Ao prejudicar lavouras, por exemplo, através da penetração do ozônio troposférico nas folhas das plantas, os COVs também demonstram afetar a economia e o meio-ambiente de um modo geral. Atualmente, as emissões evaporativas de COVs já superam as emissões gasosas, e o instante em que isto ocorre de forma mais acentuada é no ato do abastecimento de um automóvel. Ao abrir-se o bocal do tanque de combustível, vapores já existentes no tanque estão livres para escaparem à atmosfera. Quando combustível é bombeado para dentro do tanque, o volume de líquido aumenta dentro deste, e COVs lá existentes são forçados a fluírem para o ambiente externo. A adoção de um sistema O.R.V.R. (“On-board Refueling Vapor Recovery” ou Recuperação a Bordo dos Vapores no Reabastecimento), como já existente nos Estados Unidos, pode praticamente eliminar a liberação de tais vapores. Percebe-se, porém, que o sistema O.R.V.R. resolve apenas o problema quando instalado de fábrica em automóveis novos; para impedir o lançamento de COVs em veículos já existentes, é necessária a adoção de dispositivos de captação dos vapores em postos de abastecimento. Mais ao final do trabalho, uma análise do desperdício é apresentada – com base no resultado de testes feitos nos Estados Unidos e no Brasil – sob a perspectiva individual e também sob a perspectiva de toda a nação, para que se possa avaliar os custos destas ações para a indústria automobilística e para a rede de distribuição de combustíveis, bem como os benefícios ambientais e sociaisGaseous emissions from internal combustion engines were dramatically reduced worldwide during the last decades. However, gaseous emissions are not the only kind of atmospheric pollution caused by vehicles; also occurs evaporative emissions from fuels, not much evident, but equally or more harmful. Both in gas/petrol infrastructure distribution as well as in the cars themselves, evaporative control systems still playing a secondary role in the objective to make vehicles more environmentally friends. In spite to be difficult to see it, the emission of Volatile Organic Compounds (VOCs) contributes to generate ozone at the lower atmosphere. Besides, VOCs affects the health of all people who often handles fuel. Since the tropospheric ozone penetrates in leaves, it causes damages to the environment as well as to the harvests, and consequently to the economy of nations. VOCs emissions currently exceed gaseous ones, and the moment it notably occurs is during vehicle refuelings. Once the fuel cap is open, already existent vapors are now free to escape to the atmosphere. Volume of fuel increases inside the tank when fuel is pumped to it, blowing even more VOCs to the environment. The adoption of an “On-board Refueling Vapor Recovery” system (O.R.V.R.), as already effective in United States, can simply block the source of this emission. However, O.R.V.R. system solves the problem when factory installed in new vehicles; to avoid VOCs emissions in already existent fleet, it is necessary to adopt stationery vapor traps in all gas/petrol stations. An evaluation of waste – from both individual and nationwide stand points – is placed in the end, in order to compare costs and benefits. This comparison may be useful for automotive industry and for fuels network distribution; benefits are applied environmentally and socially