[en] CONVERSATIONAL STYLE IN FAMILY THERAPY
[pt] ESTILO CONVERSACIONAL NA TERAPIA DE FAMÍLIA
Description
[pt] O estudo focaliza os estilos conversacionais emergentes da interação entre terapeutas e clientes no contexto de uma primeira sessão de terapia de família a partir de uma perspectiva teórica de integração entre as ordens institucionais e interacionais do discurso. A partir da análise dos dados, percebemos que a sessão de terapia apresenta uma configuração discursiva híbrida, demonstrando características de discurso institucional e de conversa espontânea, evidenciadas pela natureza do piso conversacional - ora configurando-se como típico da fala do especialista, ora apresentando-se colaborativo, característico de uma fala mais livre - observado no decorrer da interação entre terapeutas e clientes. Argumentamos, então, ao articular os conceitos de ordem institucional e ordem interacional, que essas instâncias de fala-em-interação com características de conversa cotidiana são contextualmente relevantes para a realização do mandato institucional peculiar à terapia de família e não desvios da organização institucional.[en] This study focuses on the emergent conversational styles in the interaction between therapists and clients in a context of a first session of family therapy from a theoretical point-of-view which aims at integrating the institutional and interactional orders of discourse. It was possible to observe that the therapy session presents a hybrid discursive configuration, displaying the characteristics from both institutional and ordinary talk, which is evidenced by the nature of the conversational floor - at times configuring itself as expert talk, at times structuring itself as spontaneous talk -observed throughout the interaction between therapists and clients. Therefore, by articulating the concepts of institutional order and interactional order, we argue that these instances of talk-in-interaction, characterized as ordinary talk, are contextually relevant for the accomplishment of the institutional mandate peculiar to family therapy and not deviations from the institutional organization.