Three hypotheses about family documentary cinema in Argentina (2001-2021)
Tres hipótesis sobre el cine documental familiar en Argentina (2001-2021);
Três hipóteses sobre o documentário familiar na Argentina (2001-2021)
Description
This paper addresses a filmic corpus of recent Argentinian first-person documentaries, in which the filmmaker is interested in one of her relatives. In this regard, we hold three hypotheses. Firstly, that the privilege granted to family as an object of inquiry is related to the removal of the category of people, as an effect of the dictatorship and post-dictatorship. Secondly, we ask whether this focus entails a familialist retreat, concluding that the historical-political dimension is not necessarily neglected. In this sense, three groups of films are distinguished within the corpus: one in which the political is absent, another one in which it is subordinated to the private sphere and, lastly, one in which the private and the public become indiscernible. Thirdly, that it is impossible to separate the search for self-identity present in these films from collective history.El presente texto aborda un corpus fílmico de documentales argentinos recientes en primera persona en los cuales el realizador se interesa por alguno de sus familiares. Sostenemos, al respecto, tres hipótesis. En primer lugar, que el privilegio de la familia como objeto de indagación se relaciona con el alejamiento de la categoría de pueblo, efecto de la dictadura y la postdictadura. En segundo lugar, nos preguntamos si este interés conlleva un repliegue familiarista, concluyendo que la dimensión histórico-política no necesariamente queda relegada. En este sentido, se distinguen tres grupos de films al interior del corpus: uno en el cual lo político está ausente, otro en el cual está subordinado a la esfera privada, y, por último, uno en el cual lo privado y lo público devienen indiscernibles. En tercer lugar, que resulta imposible disociar la búsqueda de la propia identidad presente en estas películas de la historia colectiva.
O presente texto aborda um corpus fílmico de documentários argentinos recentes em primeira pessoa, nos quais o realizador se interessa por algum de seus familiares. Elaboramos três hipóteses a esse respeito. Em primeiro lugar, que o privilégio da família como objeto de indagação se relaciona com o distanciamento da categoria de povo da esfera social, efeito da ditadura e pós-ditadura. Em segundo lugar, perguntamo-nos se este interesse implica um retrocesso ao âmbito familiar, já que a dimensão histórico-política não necessariamente está ausente nesses filmes. Neste sentido, o corpus de análise se conforma por três grupos de filmes: um no qual a política está ausente, outro no qual está subordinada à esfera privada, e, por último, um no qual ambas as esferas se tornam indiscerníveis. Em terceiro lugar, afirmamos que é impossível dissociar a busca da identidade presente nesses filmes com a história coletiva.