O artigo apresenta uma experiência de oficina de fotos desenvolvida em um hospital público no Brasil. Nesta, a proposta metodológica da clínica da atividade lança mão do recurso da fotografia digital, fazendo com que o processo de produção da fotografia se dê também como processo de análise da atividade. No momento seguinte as fotos produzidas são postas em debate, em um diálogo sobre a atividade que se desenvolve em torno dos modos coletivos de fazer e suas controvérsias. Ao apresentar essa experiência, busca-se desenvolver uma ferramenta de análise do trabalho que visa explorar e desestabilizar os modos instituídos de trabalhar e potencializar forças instituintes que compõem uma determinada situação, engendrando outras que viabilizam a ampliação do poder de agir dos trabalhadores.