O objetivo deste artigo é mostrar de que maneira a agenda de atividades no mundo acadêmico tem levado docentes do ensino público superior ao adoecimento. A análise foi baseada em informações colhidas por meio de questionário respondido por 98 professores de uma universidade pública federal e em entrevistas com 18 deles. Os resultados apontam que a procura de ajuda médica e/ou psicológica é mais frequente entre docentes de programas de pós-graduação, principalmente entre mulheres com maior número de orientandos; indicam, também, que é a diversidade de atividades –quase todas obrigatórias, delimitadas e consideradas parâmetro de avaliação do desempenho acadêmico individual e coletivo– que parece levar muitos desses professores ao sofrimento e ao adoecimento.