Este artigo apresenta uma reflexão sobre direitos humanos e educação a
partir de uma experiência de intervenção em três escolas da Cidade de São
Paulo, visando reduzir a violência existente em seu cotidiano. Propõe-se a
necessidade de pensar articuladamente a questão da realização da educação
como um direito humano considerando as relações de poder e autoridade
existentes na escola. Quais são os dilemas que enfrentamos na atualidade
para a realização da educação como um direito humano, na difícil história
brasileira? É possível pensar em uma autoridade democrática na escola,
quando predomina a visão de que autoridade seria aquela do chefe despótico
ou quando se verifica a ausência da possibilidade de ocupação do lugar de
autoridade na escola? Como esta discussão se articula com a da violência
no cotidiano escolar? Estas são algumas questões que permeiam o debate
proposto neste artigo